Os 9 carros que deverão sair de linha em 2021 e 2022

6 de novembro de 2021 / 381 / Mercado
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Foto – Pexels / Erik Mclean

Foto – Pexels / Erik Mclean

MONTADORAS PODEM OPTAR PELA APOSENTADORIA DE ALGUNS MODELOS DESATUALIZADOS E DE GERAÇÃO ANTIGAS PARA APOSTAR EM NOVOS PRODUTOS

Até o momento, o mercado brasileiro já conta com 12 modelos descontinuados desde o início de 2021. Porém ainda existem alguns carros cuja produção está ameaçada e que devem sair de linha entre o final deste ano e o início de 2022. Entram nesta lista alguns dos que já figuraram entre os mais vendidos do mercado, como Volkswagen Fox, Fiat Uno e até o antigo Chevrolet Onix agora conhecido como Joy.

FIAT

Na berlinda da montadora da Betim, três veículos têm a possibilidade de se aposentar. O primeiro e mais provável é o Fiat Uno. No mercado há 37 anos, o compacto tem visual defasado e não deve adotar os novos motores turbinados da Stellantis.

Seu substituto no mercado, o Mobi, está presente na gama há seis anos e, atualmente, vende bem mais do que o veterano – foram 47.413 unidades contra 16.473 entre janeiro e julho deste ano, respectivamente. Além disso, quando o Uno trocou de linha, passou a ser vendido em uma só versão, a topo de linha Way 1.3.

Fora o hatch, entram nessa lista o Grand Siena e o Doblò. Embora o sedã sofra dos mesmos problemas do Uno – visual e motores antigos –, ele tem bom volume de vendas para empresas e frotistas, que optam por utilizá-lo com preparação para gás natural (GNV). As altas consecutivas no preço do combustível, inclusive, podem postergar sua aposentadoria, uma vez que o GNV se torna mais interessante para o consumidor.

O Doblò é um dos carros de entrada no seu segmento (o que não quer dizer que o preço de R$ 120.490 seja barato). Lançado em 2002, o monovolume passou por um leve facelift em 2009 e segue com o veterano motor 1.8 16V de 132 cv e 18,9 kgfm. Ainda que transporte sete pessoas, a lista de equipamentos é incompatível com o preço. Ele traz calotas integrais, predisposição para rádio, ar-condicionado manual e computador de bordo, por exemplo.

VOLKSWAGEN

Entre os compactos da Volkswagen, o Fox é o que menos vende hoje em dia. Aliás, o modelo já deveria estar extinto há algum tempo, junto com o Spacefox, que saiu de linha no início de 2019. Na época, a montadora havia prometido uma série de novos produtos até 2023, como T-Cross, Nivus e Taos. Ainda devem entrar nessa lista, o hatch Polo Track (versão anterior ao facelift do Polo, que ainda não chegou por aqui) e a picape intermediária Tarok.

Ou seja, a montadora deverá investir nos novos projetos e aposentar gradualmente a antiga plataforma PQ24, arquitetura do Gol, Voyage, Saveiro e Fox – os três primeiros modelos, entretanto, deverão ter uma sobrevida até 2023. Isso porque, no ano seguinte, o controle de estabilidade se tornará obrigatório no Brasil e o custo para adequar um projeto antigo com o item de segurança tornaria inviável sua comercialização.

Embora a Volkswagen não tenha confirmado o fim de seu hatch mais alto, recentemente tirou frisos de suas laterais e passou a oferecê-lo sem central multimídia devido à escassez de semicondutores. Mas Polo Track – que vai derivar da versão 1.0 MPI do Polo atual — deverá ocupar a posição de modelo de entrada da marca, aposentando o Fox.

CHEVROLET

A antiga geração do Onix e do Prisma receberam uma sobrevida em 2019, quando foram renomeadas de Joy e Joy Plus, respectivamente. Na época, a dupla tinha como atrativo preços mais baixos que os de Onix e Onix Plus: o Joy saía por R$ 47.590 e o Plus por R$ 51.120. Em um salto de quase dois anos, tanto a antiga quanto a nova geração encareceram, e a diferença de preço entre as duas é bem pequena. O Chevrolet Joy é vendido na versão única Black por R$ 61.590 e o Onix custa a partir de R$ 66.450. Já o Joy Plus é oferecido por R$ 66.150 e o sedã Onix Plus, por sua vez, parte de R$ 72.390.

Nesse caso, o hatch atualizado e o novo sedã saem na frente por oferecerem o motor 1.0 turbinado e uma série de itens de segurança e conectividade que não haviam na geração anterior, como seis airbags e sistema multimídia com tela de 8 polegadas. Devido à escassez de semicondutores, entre maio e julho, os modelos antigos chegaram a vender mais do que o Onix e o Onix Plus. Cabe averiguar se, com a regularização da produção da dupla de carros atualizada, ainda valerá a pena para a Chevrolet manter o Joy e Joy Plus na gama ou se a melhor saída será a aposentadoria.

HONDA

Três grandes problemas explicam a descontinuação do maduro Honda Fit. O primeiro é a falta de outros monovolumes no mercado em razão da baixa procura por carros desse segmento. O segundo é consequência do primeiro: o volume de vendas. O modelo emplacou apenas 4.787 unidades entre janeiro e julho deste ano. Ainda que nunca tenha sido um fenômeno de vendas, já chegou a somar 29 mil unidades comercializadas nesse mesmo período de 2009.

O terceiro motivo é o custo/benefício. A nova geração do Fit foi revelada no Japão em 2019. Com visual controverso, o monovolume dispõe de motorização híbrida e uma série de tecnologias de segurança e assistência ao motorista. A importação da nova arquitetura para o Brasil, no entanto, é cara e não faz jus às unidades vendidas do Honda.

A própria fabricante afirmou, em junho, que planeja trazer novos produtos para cá, mas para isso ocorrer, terá de reduzir a gama. A marca japonesa Honda começará a fabricar a nova geração do City e sua variante City Hatch – produtos concebidos para mercados emergentes – no país, mas a nova geração do Civic virá importada.

HYUNDAI

No Brasil desde 2010, o Hyundai ix35 nada mais é do que a segunda geração do Tucson. Devido à alta procura pela primeira geração na época, a Hyundai trouxe sua versão mais atualizada para coexistir no mercado. Com o tempo (e algumas plásticas visuais) o modelo acabou se distanciando do veículo “original” e se manteve no país, até mesmo após o New Tucson (terceira geração) estrear por aqui.

A Hyundai Caoa deverá receber a quarta geração do Tucson no início do ano que vem. Assim, um projeto antigo e com duas gerações de defasagem, será difícil que o ix35 enfrente os novos concorrentes do segmento, como Hyundai Creta, Jeep Renegade e Volkswagen T-Cross, que apresentam uma generosa oferta de conteúdo tecnológico e de assistência ao motorista.

MITSUBISH

Situação parecida com ix35 e Tucson ocorre com os Mitsubishi ASX e Outlander Sport. O ASX foi lançado no exterior em 2010. Quando deveria receber uma atualização profunda, o SUV passou por uma reestilização e, com o novo visual, foi rebatizado d Outlander Sport no ano passado.

Assim, o utilitário esportivo anterior ao facelift permaneceu em linha e hoje é vendido em versão única por R$ 134.990. Na lista de equipamentos há ar-condicionado automático, direção elétrica, trio elétrico, controle de cruzeiro, câmera de ré, controles eletrônicos de estabilidade e de tração, Isofix, monitoramento de pressão dos pneus e bancos de tecido. Com mais conteúdo, o modelo atualizado sai a partir de R$ 147.990 e custa até R$ 167.990.

Nesse caso, o ASX pode seguir o caminho do ix35 e tomar um rumo diferente do Outlander Sport ou ser descontinuado pela Mitsubishi, uma vez que os carros-chefes da marca atualmente são o Outlander e o Eclipse Cross.

Fonte – https://autoesporte.globo.com/mercado/noticia/2021/09/os-9-carros-que-deverao-sair-de-linha-entre-2021-e-2022.ghtml

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